Uma juíza de Nova York rejeitou nesta terça-feira um pedido de libertação sob fiança feito pelo ex-presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), o paraguaio Juan Ángel Napout, ao decidir sobre o recurso de sua sentença de nove anos de prisão.
Napout, de 61 anos, havia pedido para permanecer em prisão domiciliar durante esse processo de apelação, argumentando os possíveis riscos à sua saúde ao permanecer em uma prisão de Miami durante a atual pandemia de COVID-19.
“O Tribunal não considera que as circunstâncias particulares do réu, em relação à pandemia da COVID-19, justifiquem sua libertação enquanto aguarda o recurso ou diminua o risco de fuga”, disse a juíza federal do Brooklyn, Pamela Chen.
Em 10 de abril, Chen já havia rejeitado a libertação do ex-presidente da Conmebol que seus advogados haviam solicitado por razões humanitárias após a pandemia, mas prometeu estudar uma eventual prisão domiciliar sob fiança, que acabou sendo negada na terça-feira.
“Pelas razões discutidas na audiência (10 de abril), o Tribunal considera que o acusado não demonstrou com ‘evidência clara e convincente’ de que ‘não é provável que vá fugir”, afirmou a juíza.
“O Tribunal considera que o incentivo do réu para fugir agora é maior do que quando ele foi detido inicialmente, dado que o réu está preso há aproximadamente 28 meses e enfrenta a perspectiva de ter que voltar à prisão por mais cinco anos se sua apelação não tiver êxito”, disse Chen, responsável pelo enorme caso de corrupção da Fifa apresentado em 2015 pelo governo dos Estados Unidos.
O tribunal enfatizou que nenhum caso de contágio foi relatado na prisão onde Napout cumpre pena e considera que o acusado está apenas em “risco ligeiramente maior” para o vírus em comparação com os presos mais jovens.
Preso na Suíça em dezembro de 2015, Napout se declarou inocente perante o tribunal de Nova York por aceitar propinas milionárias de empresas esportivas em troca de contratos, mas um júri popular o considerou culpado dois anos depois. Ele foi condenado a nove anos de prisão em agosto de 2018.
Em 30 de março, devido à pandemia, o juiz Chen concordou em libertar o ex-presidente da CBF, José María Marin, de 87 anos, por razões humanitárias, julgado no mesmo processo que Napout. A decisão fez com que Marin, condenado a quatro anos de prisão, cumprisse oito meses a menos da pena.Tamanho do te
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